Foto: Manu Fernandez (retirado do site esporte.uol.com.br) |
O
reinado de Pelé no futebol, para alguns, é eterno. A simples possibilidade de
que algum atleta tire o ex-jogador do trono real causa temor para muitos. Tão
logo um jogador desponte como craque, imediatamente os saudosistas afirmam: “nunca
será igual a Pelé”.
Ora,
Messi bate um recorde a cada semana, é - disparado - o melhor jogador do mundo,
reina absoluto no futebol mundial. Veja bem, Messi reina. O argentino tem
súditos espalhados por todo o Planeta Bola, com seus gols e grandes jogadas
conquistou os territórios mais longínquos, é famoso única e exclusivamente por
disseminar a arte do jogo bonito. Apesar de tudo isso, os adeptos da verdade
absoluta e imutável desconfiam das capacidades do craque.
Falar
que Messi é rei, não é dizer que Pelé não foi. O tempo do brasileiro passou,
seus feitos estão registrados e, justamente por isso, é enaltecido até hoje. O
reinado de um jogador tem que acabar junto com sua carreira. Pelé deixou de ser
rei quando parou de jogar em 77. Do mesmo jeito que antes de Pelé existiu um
rei chamado Ferenc Puskas, depois dele existiram outros reis como Michel Platini,
Diego Maradona, Ronaldo, Lionel Messi, além de outros que encantaram o futebol
ao longo da história.
Cada
um é livre para eleger qual o maior jogador da história. Cada geração tem um
jogador que ditou o futebol da época. Não se pode tratar o assunto como um tabu
e censurar qualquer tipo de comparação que venha a ser feita. Eu não vi Pelé
jogar, vi o fim de carreira de Maradona, vi toda a carreira de Ronaldo e agora
tenho a oportunidade de ver a história sendo escrita por Messi. Não sou
obrigado a venerar exclusivamente um rei que eu nem vi atuando e que fala tanta
asneira em suas aparições públicas.
O
futebol é dinâmico, as coisas mudam e o tempo passa. Grandes craques jogaram, grandes
craques jogam e grandes craques jogarão. É assim que a bola gira.