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O futebol é impressionante.
O título do Chelsea provou isso. A campanha do time de Londres foi repleta de
feitos memoráveis. A virada inesperada contra o Napoli, ainda nas oitavas de
final, foi fundamental para a permanência na competição e, principalmente, para
dar confiança à equipe. Mostrou força nas vitórias contra o poderoso Barcelona
e comprovou seu poder vencendo, nos pênaltis, o Bayern na Allianz Arena. Mesmo
com todo esse enredo épico ainda se fala em derrota do futebol.
A maioria das pessoas tende a achar que futebol é só e
somente só aquele jogado ofensivamente, excluindo os outros modos de jogar.
Cada um é livre para ter suas próprias preferências, o que não pode é reduzir o
futebol a um único estilo de jogo. Dizer que só existe um jeito de jogar
futebol é o mesmo que dizer que só existe um ritmo musical, um tipo de dança, um
estilo de filme e por aí vai.
Nos
primórdios, quando a marcação era mais frouxa, o entendimento do futebol era de
que quem fizesse mais gols venceria. A preocupação com o ataque era maior, o
jogador desempenhava menos funções e os sistemas táticos priorizavam as
posições ofensivas, a tática 2-3-5 era comum. Assim, o futebol era cheio de
jogadas individuais e os jogos repletos de gols.
Com
o passar do tempo os treinadores perceberam que precisavam sofrer menos gols. O
raciocínio é até óbvio, imagine você treinando uma equipe que vai jogar contra
o Santos de Pelé. Se o objetivo for só marcar gols, na maioria das vezes, o
time de Pelé venceria com facilidade. Porém, se seu time marca o ataque
santista com eficiência suficiente para que não sofra gol, já tem o empate
garantido; se aliar a forte marcação à saída para o contra-ataque ou até mesmo
em jogadas de bola parada pode surpreender o esquadrão histórico e vencê-lo.
O futebol passou por mudanças que nem sempre são bem
recebidas pelo grande público. Várias são as formas de atacar e defender, por
exemplo, quando o Barcelona mantém a posse de bola está se defendendo ou
atacando? Os dois. Se o time fica com a bola ele pode atacar; se não permite
que o adversário a tenha, não é atacado. Simples, né? Difícil é fazer.
Cada um se defende (ou ataca) com as armas que tem. Alguns
se defendem para atacar, outros atacam para se defender. A melhor defesa nem
sempre é o ataque, a Itália é famosa por atrair o adversário para então
contra-atacar. A Grécia foi campeã européia priorizando a defesa, o Paraguai de
98 era defesa pura e só foi derrotado no gol de ouro pela campeã França. Eu
vibrava com as retrancas do Stoke City na temporada passada, como também vibrei
com os ataques rápidos do Borussia Dortmund na Bundesliga.
Enfim, não importa se é com retranca, contra-ataque,
posse de bola, lançamento longo, pressão, ataque total ou qualquer outro modo
de jogar futebol que exista ou venha a ser inventado, o importante é que seja
bem feito. Tudo isso é futebol!