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Ele
não correu. Não mandou beijo para a torcida. Não se exibiu para as câmeras. Ele
simplesmente chorou. Com os braços entrelaçados na rede que acabara de balançar,
ele agradeceu. Aos seus Deuses ou ao destino. Foi o responsável pelo primeiro
gol da Nigéria em uma Copa do Mundo. A imagem marcou aquele Mundial. Rashidi Yekini foi um dos responsáveis pelo aumento de simpatizantes do futebol
nigeriano. O mundo se rendeu ao espírito dos Super Águias Verdes.
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Yekini
fez parte da melhor seleção nigeriana da história. Foi campeão da Copa Africana
de Nações, sendo o artilheiro e melhor jogador do torneio. Aquele time tinha a
alma africana, o jogo era ataque puro. O futebol ofensivo à base de dribles e
passes rápidos aliados à raça dos puros guerreiros africanos encantou o planeta
bola no ano de 1994.
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Teve
no Vitória de Setúbal sua melhor fase (90 gols em 108 jogos), foi considerado o
Deus do gol pelos adeptos portugueses. Fazia gol de todo jeito, tinha a
explosão de uma bomba nuclear da alegria, pará-lo era como parar um cavalo
selvagem em alta velocidade. As lembranças dos gols de Rashidi Yekini estão
nítidas em quem o viu jogar, nos campos surrados ou nos verdes gramados europeus
o endereço da bola era o mesmo, o gol.
Rashidi Yekini faleceu na sexta passada (04/05/2012) aos
48 anos. Yekini viveu apenas oito anos após o fim de sua carreira, ele jogou
até os 40. Sofria de problemas neurológicos, passou seus últimos anos de vida
isolado, morreu só. Talvez o Deus Negro tenha se habituado tanto a jogar
futebol, que não conseguiu viver sem ele.
Dizem que o que se faz em vida ecoa pela eternidade.
Yekini virou lenda. Seus feitos serão lembrados pelos que (como eu) aprenderam
a amar o futebol adorando os Super Águias
Yekini
foi aquele que gritou em silêncio, que chorou só, que emocionou o mundo.