quinta-feira, 4 de abril de 2013

DAVOR SUKER


Nome: Davor Suker

Data de Nascimento: 01/01/1968

Local de Nascimento: Osijek (Antiga Iugoslávia)

Posição: Atacante

Altura: 1,81 m

Carreira: 

  • 1984 - 1989: NK Osijek (CRO)
  • 1989 - 1991: Dinamo Zagreb (CRO)
  • 1991 - 1996: Sevilla (ESP)
  • 1996 - 1999: Real Madridl (ESP)
  • 1999 - 2000: Arsenal (ING)
  • 2000 - 2001: West Ham (ING)
  • 2001 - 2003: Munique 1860 (ALE)

Seleção:  
  • 1988 - 2002: Jogou as Copas de 1990, 1998 e 2002

Prêmios:
  • 1998: Chuteira de Ouro da Copa do Mundo FIFA

Vídeos:




quarta-feira, 3 de abril de 2013

NWANKWO KANU

Nome: Nwankwo Christian Nwosu Kanu

Data de Nascimento: 01/08/1976

Local de Nascimento: Owerri (Nigéria)

Posição: Atacante

Altura: 1,96 m

Carreira: 

  • 1992: Iwuanyanwu National (NIG)
  • 1993 - 1996: Ajax (HOL)
  • 1996 - 1998: Inter (ITA)
  • 1998 - 2004: Arsenal (ING)
  • 2004 - 2006: WBA (ING)
  • 2006 - 2012: Portsmouth (ING)

Seleção:  
  • 1994 - 2010: Campeão Olímpico em 1996; Jogou as Copas de 1998, 2002 e 2010

Prêmios:
  • 1996: Jogador Africano do Ano
  • 1999: Jogador Africano do Ano


terça-feira, 26 de março de 2013

PAU QUE BATE EM CHICO, BATE EM FRANCISCO


         Ontem no programa Linha de Passe na ESPN Brasil, o jornalista Juca Kfouri emitiu sua opinião sobre a polêmica expulsão de Seedorf contra o Madureira pelo Carioquinha. Concordei com boa parte do seu comentário, exceto quando o renomado jornalista disse que pela carreira vitoriosa e pelo comportamento excepcional o holandês deveria gozar de privilégios perante a arbitragem.
Um jogador como Seedorf já é bastante prestigiado por toda a fama e sucesso que conquistou e, ainda, pelo alto salário que recebe. Como disse Luxemburgo, “a regalia de um jogador de futebol é o salário”. Logicamente essa afirmação não cabe a todos os jogadores, já que apenas um pequeno percentual da classe recebe salários exorbitantes. Mas que é verdade é!
            A regra deve ser aplicada da mesma forma, seja um desconhecido seja um veterano de reputação mundial. Além do mais, conceder ao árbitro a discricionariedade de avaliar privilégios, aumentaria consideravelmente o buraco da falta de critério em que os árbitros se encontram.
             A incumbência do árbitro é aplicar a regra e conduzir o jogo da maneira mais discreta possível. Um atleta não pode ser prestigiado dentro de campo pela sua biografia ou desprestigiado pela falta dela. Seria um ingrediente a mais no bolo de absurdos que consumimos diariamente.
Logo nós, brasileiros, que somos achincalhados pelos privilégios disfarçados de prerrogativas que gozam os parlamentares eleitos pelo voto obrigatório nessa democratura, vamos legitimar o absurdo de que a regra seja mais amena para àqueles que são celebridades?
            Como se diz por aqui: “pau que bate em Chico, bate em Francisco”.
       Já que esse ditado popular já não faz sentido em quase nenhum lugar da nossa sociedade (inclusive na gestão do futebol), vamos torcer para que ao menos dentro de campo faça.

segunda-feira, 25 de março de 2013

NEYMAR



Uma coisa que eu gostei nesses dois jogos da seleção do Zé da Medalha foi o posicionamento de Neymar. Não que o brasileiro tenha feito boas apresentações. Longe disso. Mas a tentativa de Felipão de fazer com que ele jogue mais centralizado mostrou a necessidade de evolução do santista.
Desde seu aparecimento no futebol profissional que o nome de Neymar é gritado nos quatro cantos do país como futuro melhor do mundo. Daí em diante pouco se fez para que o talento do dançarino de “tchutchatcha” fosse lapidado.
Todos os treinadores que passaram pela carreira profissional de Neymar se limitaram a dar liberdade ao atacante para que ele partisse para cima dos adversários. A estratégia deu certo, nesse tempo, Neymar se tornou o maior jogador brasileiro da atualidade. Porém, demonstra total inoperância fora da sua zona de conforto.
Neymar mantém vários vícios do seu início de carreira. Cai ao mínimo toque, é incapaz de fazer a recomposição defensiva, abusa da individualidade e perde bolas em demasia na zona de transição, mas tudo isso é encoberto pela sua capacidade extraordinária de enfileirar oponentes.
É comum no Brasil que se trate um talento em potencial como talento já consolidado. Neymar é um jogador de fama consolidada, porém, tem potencial para jogar muito mais do que joga. É preciso que algum treinador promova sua evolução de promessa de craque mundial à craque mundial.
Não acho que Felipão seja esse treinador, talvez seja preciso que ele jogue na Europa para que suas capacidades tática, técnica e comportamental sejam amadurecidas. Mas acho que a mudança de função, proporcionada pelo técnico da seleção, é um bom começo. Tirar o atacante da sua zona de conforto trará dificuldades que só serão ultrapassadas se ele evoluir, se tornar mais versátil, completo.
Se Neymar não amadurecer seu futebol, será mais uma grande promessa brasileira que poderia ter sido “o melhor jogador do mundo”.

domingo, 10 de março de 2013

BARAÚNAS X ABC - UM ENFADONHO 0 A 0



Num jogo enfadonho Baraúnas e ABC empataram em zero a zero pelo Campeonato Potiguar. As equipes mostraram pouco entrosamento e muita incapacidade na troca de passes.
As duas equipes foram a campo alinhadas no 4-4-2 tradicional com o quadrado no meio campo. Apesar da formação com dois meias no setor de criação as equipes pouco finalizaram e os lances mais perigosos nasceram de bola parada.
A saída lenta do time do ABC e a pouca sintonia entre seus meias Raul e Júnior Xuxa fez com que a dupla de ataque, formada por Rodrigo Silva e Jheimmy, fosse pouco acionada. Por duas ou três vezes o lateral esquerdo Jeff Silva conseguiu chegar à linha de fundo, mas a pouca qualidade técnica do jogador impediu o prosseguimento das jogadas.
O Baraúnas manteve a linha defensiva profunda durante todo o primeiro tempo. Os volantes Róbson e Batata pouco avançavam e o meia Jeferson tentava, sem sucesso, acionar os atacantes com lançamentos do meio campo.
A primeira etapa se resumiu a disputa acirrada no meio de campo.


No segundo tempo o técnico Hugo Sales deu mais liberdade ao lateral direito Vítor e ao volante Róbson, trocou o atacante Léo Guerreiro de lado e passou a explorar a dificuldade de marcação de Jeff Silva. A marcação do ABC por este setor ficou sobrecarregada, o que resultou em várias faltas perigosas na lateral da grande área.
O ABC continuou com problemas na transição e, mesmo com o espaço deixado pelo Baraúnas na frente da dupla de zaga, não conseguiu encaixar os contra-ataques.

           
       Temendo os ataques do Baraúnas pelo lado esquerdo de sua defesa, Barata – que comandou o ABC interinamente – promoveu a estreia do jovem lateral Marcílio. A substituição logo surtiu efeito e o Baraúnas não conseguiu transpor a marcação do voluntarioso estreante.
            O jogo continuou sem lances de grande intensidade até o apito final. Aliás, o apito final foi o único momento digno de comemoração.

sábado, 2 de março de 2013

MOVIMENTO POR UM FUTEBOL MELHOR?



            “Movimento por um Futebol Melhor”. Esse é o novo projeto do cartola Ronaldo. A ideia é dar descontos em alguns produtos aos torcedores que se associarem. Segundo os engravatados responsáveis pelo sistema, mesmo que você more a léguas de distância e nunca pise no estádio de seu time, ainda assim, os descontos ultrapassam o valor da mensalidade.
            Esse projeto é no mínimo escroto. Eu, residente em Natal/RN, torcedor do Corinthians, time que vi jogar no estádio menos que cinco vezes e que, por isso, sou considerado torcedor de linhagem inferior; que nunca pisei no clube e, provavelmente, não exerceria meu direito de voto por conta da distância, vou me associar a uma instituição que receberá uma taxa mensal e não terá que arcar com nenhuma contrapartida, exceto a carteirinha de sócio? Sensacional!
            Além do mais, os times que hoje querem nacionalizar o programa sócio-torcedor e recorrem aos torcedores distantes são os mesmos que nunca promoveram nenhuma ação que os alcançasse, como um jogo festivo ou pré-temporada fora do seu estado-sede.
            A prioridade desse movimento não é um futebol melhor, mas sim, um futebol mais rentável, mais forte economicamente. Faz parte do “Milagre Econômico – Parte II” que vivemos. Alguns times ficarão ricos, grandes jogadores ficarão ricos, empresários ficarão mais ricos, empresas ficarão mais ricas, Ronaldo ficará mais rico e o futebol não necessariamente ficará melhor.
            Se o movimento realmente fosse por um futebol melhor, eles lutariam pela diminuição da disparidade nas cotas de TV, a diferença no valor recebido por times da mesma divisão chega a ser de R$ 70 milhões; contra os preços abusivos dos ingressos, que chega a ter como valor mínimo R$ 80; contra a violência no futebol, não com comoção mas com ação; pela transparência da CBF e dos clubes, que agem geralmente por conveniência; enfim, o futebol deveria ser visto como um todo e não apenas como mercado.
        Temos que parar com essa visão de que o único crescimento que importa é o econômico. O Brasil, por exemplo, é a sétima economia do planeta e o trigésimo sétimo colocado em qualidade de vida.
            Quando alguém falar de um movimento por algo melhor em que sua participação está condicionada a vinculação a uma instituição e o consumo exclusivo de determinadas marcas... Pare, pense, duvide!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN



              Em 2008, o último jogo do Corinthians na Série B foi contra o América, aqui em Natal. No estádio, os corinthianos de natal distribuíram bolas de encher com as cores do clube. Naquele ano o terceiro uniforme era roxo, portanto, também havia bexigas roxas. Na expectativa para o início do jogo, já com as bolas cheias, passaram integrantes de torcidas de São Paulo estourando as bolas roxas. Estourando e esbravejando: “Timão é preto e branco!”. Mas quem são eles para dizerem o que é e o que não é? Eu, revoltado, pensei: “Esses caras se acham mais torcedores que os outros”.
            A morte de Kevin Espada é mais um exemplo da arbitrariedade das torcidas. No episódio em Natal e em Oruro há total desrespeito à liberdade individual. Naquele, o resultado foi uma simples bexiga estourada; neste uma vida perdida.  
            O ocorrido na Bolívia tem que conduzir reflexão em todos os clubes e na sociedade. Esse monstrengo que se solta em dias de jogo é nossa criação, é cultural, produto do meio.
            Ser fanático é um padrão produzido pelos clubes e pela mídia. Quantas e quantas vezes aparecem nos jornais casos de torcedores que largam tudo para seguir seu time como sendo algo espetacular. “Torcedor vende o pai, aluga a filha e hipoteca o rim esquerdo para assistir jogo amistoso de seu time do coração no Turcomenistão”. Massa! “Mãe eu quero ser assim”. “Filho, todo fanatismo é imbecil”.
            A morte de Kevin deve ser debatida não só no aspecto de quem deverá ser punido – o Corinthians deve ser, e já foi cautelarmente punido de maneira severa -, mas também, sob o prisma das condutas nocivas das torcidas fanáticas.
Os clubes devem conscientizar e fiscalizar as atitudes de seus torcedores no estádio. A mesma doutrina seguida de ser sofredor, imortal, guerreiro, fiel, leal, fanático, que passa de geração em geração pode ser enriquecida com humanidade.
O responsável pelo sinalizador que matou Kevin fugiu ajudado por vários torcedores que estavam perto. O treinador disse que trocaria o título mundial pela vida do menino, como se um título valesse uma vida. Depois, os torcedores no Brasil enraivecidos não por conta da pessoa que morreu, mas pela pena que o clube sofrerá. Esse enredo evidencia que o ato não é isolado. É coletivo e institucional.
            Kevin Espada tem que se tornar um ícone da luta contra a violência no futebol. Precisamos falar sobre Kevin.