sexta-feira, 30 de março de 2012

NO TREINO DO BOTAFOGO...



quinta-feira, 29 de março de 2012

E NA LIBERTADORES...

segunda-feira, 26 de março de 2012

PELÉ REINOU, OUTROS REINARAM, MESSI REINA


Foto: Manu Fernandez (retirado do site esporte.uol.com.br)
O reinado de Pelé no futebol, para alguns, é eterno. A simples possibilidade de que algum atleta tire o ex-jogador do trono real causa temor para muitos. Tão logo um jogador desponte como craque, imediatamente os saudosistas afirmam: “nunca será igual a Pelé”.
Ora, Messi bate um recorde a cada semana, é - disparado - o melhor jogador do mundo, reina absoluto no futebol mundial. Veja bem, Messi reina. O argentino tem súditos espalhados por todo o Planeta Bola, com seus gols e grandes jogadas conquistou os territórios mais longínquos, é famoso única e exclusivamente por disseminar a arte do jogo bonito. Apesar de tudo isso, os adeptos da verdade absoluta e imutável desconfiam das capacidades do craque.
Falar que Messi é rei, não é dizer que Pelé não foi. O tempo do brasileiro passou, seus feitos estão registrados e, justamente por isso, é enaltecido até hoje. O reinado de um jogador tem que acabar junto com sua carreira. Pelé deixou de ser rei quando parou de jogar em 77. Do mesmo jeito que antes de Pelé existiu um rei chamado Ferenc Puskas, depois dele existiram outros reis como Michel Platini, Diego Maradona, Ronaldo, Lionel Messi, além de outros que encantaram o futebol ao longo da história.
Cada um é livre para eleger qual o maior jogador da história. Cada geração tem um jogador que ditou o futebol da época. Não se pode tratar o assunto como um tabu e censurar qualquer tipo de comparação que venha a ser feita. Eu não vi Pelé jogar, vi o fim de carreira de Maradona, vi toda a carreira de Ronaldo e agora tenho a oportunidade de ver a história sendo escrita por Messi. Não sou obrigado a venerar exclusivamente um rei que eu nem vi atuando e que fala tanta asneira em suas aparições públicas.
O futebol é dinâmico, as coisas mudam e o tempo passa. Grandes craques jogaram, grandes craques jogam e grandes craques jogarão. É assim que a bola gira.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A CAVADINHA DE LÉO ROCHA

Fotos: Alexandre Loureiro (retiradas do site lancenet.com.br) 
A Copa do Brasil tem a peculiaridade de colocar frente à frente equipes que difícilmente se encontrariam em outras competições. Grandes equipes do futebol brasileiro se deparam com pequenos clubes de lugares fora do eixo dominante do nosso futebol. 
Com esses componentes, as equipes marginalizadas do Brasil passam a ter espaço, ainda que momentâneo, na mídia nacional. A exposição gera receita aos clubes, os patrocinadores de ocasião aparecem e o estádio – em alguns casos – atinge lotação máxima.
Para os atletas, os jogos contra grandes clubes é a chance de aparecer para o Brasil, o destaque nesses jogos pode ser o trampolim para um time de maior expressão e um contrato mais vantajoso.
O sonho de um futuro melhor faz com que os jogadores desconhecidos do grande público, tentem aparecer ao máximo nos seus 15 segundos de fama. Aconselhados por seus empresários ou por vontade própria, os atletas muitas vezes abusam do individualismo e preciosismo nas jogadas e se esquecem do aspecto coletivo do jogo, ou seja, o sucesso da equipe na competição é colocado em segundo plano.
Ontem, no jogo entre Botafogo e Treze-PB na disputa de penâlti, o jogador Léo Rocha na última cobrança do time paraibano – que empataria a disputa e levaria às cobranças alternadas – tentou aparecer mais que o resto do time e, ao pior estilo Loco Abreu, aplicou uma cavadinha ridícula, humilhantemente defendida pelo selecionável goleiro Jéferson.
A cobrança de penâlti com cavadinha remete à despreocupação, irresponsabilidade, desapego, provocação e irreverência, por isso, o sucesso e o fracasso andam abraçados neste tipo de cobrança. Cobrar o penâlti daquela maneira naquela situação me pareceu fora de hora, a cavadinha é uma forma muito arriscada e, naquele momento, o time paraibano não podia correr tanto risco.
            - Mas Loco Abreu até em Copa do Mundo já cobrou com cavadinha!
- É, mas Loco Abreu é Loco Abreu.
            O “Loco” do Abreu é ídolo do Botafogo, tem capacidade inquestionável nesse tipo de cobrança e mesmo assim já foi criticado por perder penâlti batendo com cavadinha (contra o Fluminense no Carioca 2011).     
            Léo Rocha conseguiu o tão sonhado destaque nacional (ainda que de forma negativa), só não sei se conseguirá um contrato com um grande time. Ah! Por falar em contrato, o seu com o Treze, vai ser rescindido.         

domingo, 18 de março de 2012

AS BOLAS DAS COPAS DO MUNDO


A DISTRIBUIÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO: SÉRIE A


Os clubes participantes da Série A do Campeonato Brasileiro, em sua maioria, concentram-se na região Sudeste e Sul. Apenas três equipes do Nordeste e uma do Centro-Oeste são os intrusos na festa do Futebol brasileiro.
Os grandes times brasileiros estão concentrados em duas regiões, praticamente toda a força está no eixo Sul/Sudeste; mas os jogadores de onde são? Será que a distribuição dos atletas é igual a dos clubes? Será que os atletas das regiões menos desenvolvidas no futebol conseguem (tem chances) jogar nos clubes de Série A?
Pensando nisso, fiz uma rápida pesquisa sobre o estado de nascimento dos atletas integrantes das equipes de Série A. As informações foram coletadas no site das equipes.
A distribuição de atletas por região apresentou-se desta maneira:
Mais da metade dos jogadores da Série A nasceram na região Sudeste, enquanto, só 2% na região Norte 

             Todas as equipes da Série A tem pelo menos sete atletas do Sudeste brasilero, sendo o Sport de Recife o time com menos jogadores nascidos nesta região. O Botafogo é o único que não tem em seu elenco nenhum jogador do Sul, as demais equipes tem pelo menos um. O Flamengo só possue jogadores nascidos no eixo Sul/Sudeste, inclusive o rubro-negro é o único a não ter jogadores nordestinos em seu elenco. O Centro-Oeste só não tem atletas no Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Flamengo, já a região Norte – a região com menor participação na Série A – só é representada em nove equipes do Brasileirão Série A.
            O Corinthians, com 24 jogadores nascidos no Sudeste, é o time com mais atletas naturais da região. O time que mais representa o Sul do Brasil é o Internacional, com 13 jogadores nascidos na extremidade sul do país. O Sport, com 16 jogadores, e o Atlético Goianiense, com 9 jogadores, dão oportunidade aos pratas da casa e representam bem as regiões Nordeste e Centro-Oeste, respectivamente. O time que tem mais jogadores da região Norte é a Ponte Preta com apenas 3 atletas.
            Vários podem ser os fatores para a grande concentração do futebol no eixo Sul/Sudeste, o poder econômico parece ser fundamental, o melhor tratamento nas categorias de base (que, ainda, não é ideal) e o número maior de oportunidades para aspirantes a jogadores pode influênciar consideravelmente. A falta de clubes que dêem suporte para o desenvolvimento satisfatório de futuros atletas nas regiões de menor força no futebol pode ser o principal fator para a pouca participação das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Por fim, a desconcentração da participação no futebol brasileiro só será possível se a gestão dos pequenos clubes abrirem os olhos para a maneira mais barata de formar um time, que é a categoria de base. O tratamento profissional dado a formação de talentos parece ser a luz no fim do túnel para os clubes de menor investimento conseguirem evoluir no cenário futebolístico.
E você, o que acha?

terça-feira, 13 de março de 2012

BEBETO


Foto: Getty Images
    Foi lamentável a participação do Deputado Estadual e integrande do Cômite Organizador Local (COL) Bebeto, no programa Arena SPORTV de ontem. O ex-jogador respondeu perguntas dos jornalistas e mostrou-se bastante surpreso com a saída do ex-dono da CBF.
    Sinceramente, não sei o que foi pior, se as perguntas ou as respostas. As perguntas dos jornalistas da SPORTV – canal pertencente às Organizações Globo, forte aliada de Ricardo Teixeira – exalavam parcialidade, questões leves sobre assuntos superficiais. As perguntas eram feitas de maneira que não tivesse espaço para polêmicas (como se Bebeto fosse capaz de gerar alguma polêmica) e as respostas foram dignas de um jogador de 18 anos recém promovido ao time profissional concedendo sua primeira entrevista na TV.
     Bebeto, na entrevista, falou que queria o melhor para o povo brasileiro, pois bem, o primeiro passo foi dado com a saída em fuga de Teixeira. Além do mais, o deputado podia começar a apontar os problemas e gastos excessivos dos estádios que estão sendo contruidos para a Copa, supervisionados pelo COL, do qual ele faz parte.
     Não é possível que um cidadão que jogou por grandes clubes, foi campeão do mundo pela seleção brasileira, já foi treinador e agora é deputado estadual, seja tão ingênuo (ou tão esperto, né?) a ponto de aparecer na TV, nitidamente emocionado pela renúncia de um golpista que mandou e desmandou na CBF por 23 anos e que agora deve estar jogando golfe no seu refúgio em Boca Raton. Eu até entendo que Ricardo Teixeira tenha sido importante na vida de Bebeto, que exista uma relação de amizade entre eles, mas daí a tratar do assunto com comoção e esquecer os acordos em benefício próprio costurados por Teixeira, é demais.
      Bebeto ganhou a primeira Copa que eu efetivamente assisti, vibrava com seus gols e, como todo o povo brasileiro, me emocionei com a famosa comemoração contra a Holanda, por muito tempo se comunicou e nos alegrou com os pés, infelizmente acabou. Bons tempos aqueles!       

Entrevista de Bebeto ao programa Arena SPORTV

         

segunda-feira, 12 de março de 2012

O FUTEBOL BRASILEIRO AGRADECE...


Imagem retirada de futebolarte.blog.br

      Finalmente Ricardo Teixeira deixou a presidência da CBF. O presidente que ditou as regras do futebol no Brasil por mais de duas décadas fugiu do comando da Instituição por meio de uma carta de despedida, tornada oficial pelo seu sucessor José Maria Marin.
      A gestão de Teixeira na CBF foi baseada na troca de favores. A rede de aliados era imensa, desde presidentes de Federações a emissoras de TV. O enriquecimento ilícito de Ricardo Teixeira ganhou cada vez mais espaço na mídia e denúncias envolvendo seu nome em recebimento de propina e superfaturamento de jogos da seleção passaram a ser noticiadas com frequência.
     A saída de Teixeira é um fato histórico para o futebol brasileiro, marca o fim do poder absoluto - não que os problemas estejam resolvidos, mas o término da “Era Ricardo Teixeira” derruba a figura do ditador, acaba com a imagem da CBF como uma propriedade privada.
     As mudanças já podem ser vistas, José Maria Marin – novo presidente – não é unânime. Alguns presidentes de Federações cobram de Marin a plataforma de trabalho para o futebol brasileiro. Vários serão os postulantes ao cargo (agora possível!) de presidente da CBF. Essa disputa pelo poder gera a descentralização, abre espaço para o novo.
     A renúncia de Teixeira nos dá esperança de que dias melhores virão. O futebol brasileiro agradece...   

sábado, 10 de março de 2012

COPA DA DESIGUALDADE


Retirada do site osprofanos.com


       A copa do Brasil começou na última quarta-feira (07/03) com 64 clubes de todos os estados da federação. A competição, que para muitos exala democracia, não passa de um retrato fiel da desigualdade latente no país.
O torneio evidencia uma enorme disparidade regional, todo o processo de exploração e descaso com o Norte/Nordeste pode ser visto dentro de campo. Enquanto os grandes lutam pela vaga na Libertadores, os nanicos – como diz PVC – esperam de pires na mão as moedas pelos 15 segundos de fama para pagar a pequena folha salarial.
Segundo relatório da Pluri Consultoria, os quatro times mais baratos da Copa do Brasil são da região Norte e os cinco subseqüentes são nordestinos, ou seja, dos dez times menos valiosos nove são do Norte/Nordeste . Dos 20 clubes mais caros da competição, 12 são do eixo Sudeste/Sul e os seis primeiros respondem por 51% do valor total. O valor de mercado do São Paulo (R$ 209,3 milhões) é 233 vezes maior que o do Real de Roraima.
O valor da classificação de um time pequeno é sempre menor do que a de um time grande. A premiação paga pela classificação nas duas primeiras fases é de 120 mil reais para a maioria dos clubes da Copa do Brasil, enquanto os grandes clubes recebem de 220 a 250 mil reais. Só a partir das oitavas de final a premiação é igual para todos. Por exemplo, no confronto entre o São Paulo (time mais valioso) e o Independente(PA) (39° mais valioso) se o time paraense for ao Morumbi e conquistar a classificação histórica receberá menos da metade do que seria pago pela classificação do time paulista. Neste mesmo exemplo, se o São Paulo vence o Independente por 2 a 0 no Pará elimina a partida de volta – até aí sem problema -, mas devido ao resultado eliminar o segundo jogo o time mandante que ficaria com 100% da renda do jogo terá de entregar 60% na mão do poderoso vencedor. Portanto, a desigualdade já existe e a política de premiação tende a aumentá-la.          
É evidente que existe um abismo entre as equipes dos grandes centros e as demais, a forma como se dirige o futebol no Brasil não dá subsídios para o envolvimento maior de times de pouca expressão. A CBF pouco se importa com a região Norte cada vez mais distante do contexto futebolístico nacional - Águia de Marabá(PA), Paysandu(PA) e Rio Branco(AC) que estão na série C, são os times mais bem seriados da região.
A Copa do Brasil por ser mata-mata em todas as fases abre espaço para as surpresas, mas com o empobrecimento dos times pequenos a Zebra corre sérios riscos de extinção.     


Relatório O Valor de Mercado dos Times da Copa do Brasil

quinta-feira, 8 de março de 2012

BOCA É BOCA


A Bombonera continua a mesma, a atmosfera é especial, a torcida grita o tempo todo, o caldeirão ferve durante 90 minutos sem parar. Ganhar do Boca Juniors em seu estádio é complicado, os grandes esquadrões da equipe argentina reforçados pelos quase 50 mil fanáticos torcedores argentinos fazem da Bombonera um dos ambientes mais hostis da América.
O time que perdeu do Fluminense mostrou a garra histórica, mas o brilho era diferente. O Boca Juniors pareceu ser um time limitado, com poucas opções ofensivas e sem qualidade na troca de passes – tão marcante em outros tempos –, os argentinos ainda se mostraram totalmente dependentes do craque Riquelme. Por falar em Riquelme, esse sim encanta, a visão de jogo e a marra continuam intactas, o controle de bola e a facilidade com que distribui o jogo são características marcantes desse jogador genuinamente Bocanero.
O Fluminense foi muito inteligente e eficiente, nas poucas vezes que chegou ao ataque levou perigo, com poucas finalizações ganhou o jogo. O Boca Juniors mesmo sem a qualidade de outrora, mostrou que dentro da Bombonera “o coco é seco”, a torcida joga junto, empurra o time até o fim do jogo, aplaude seus jogadores mesmo na derrota, o apoio é incondicional.
Só para constar, a última Libertadores conquistada pelo Boca Juniors foi a de 2007. Os argentinos não empolgaram na primeira fase, se classificaram em segundo do grupo, tendo perdido dois jogos. No mata-mata o time cresceu, derrubou um por um até chegar à final contra o Grêmio de Mano Menezes, o placar agregado dos dois jogos da final foi de incontestáveis 5 a 0 para o Boca de Riquelme e Clemente Rodriguez, campeões daquele ano. Na Libertadores 2012, o time soma apenas um ponto em dois jogos, o começo não é animador, mas não se pode subestimar uma equipe hexacampeã do maior torneio interclubes da América.    
Portanto, mesmo achando este time inferior a outros que vi, ainda é o Boca Juniors, e “Boca é Boca”.

terça-feira, 6 de março de 2012

O CHELSEA DE ABRAMOVICH


Em junho de 2003, o futebol europeu conhecia Roman Abramovich, um bilionário russo de reputação incerta que havia comprado o Chelsea por 60 milhões de libras e ainda assumiria dívidas de 80 milhões. A partir daí, o Chelsea tornou-se um dos maiores times da atualidade, porém, os gastos com transferências, demissão de treinadores e a obsessão pela Champions League passaram a ocupar posição de destaque na mídia internacional.
Na primeira temporada (2003/2004), Abramovich gastou cerca de 100 milhões de libras para contratar Damien Duff, Juan Sebastián Verón, Claude Makélélé, Adrian Mutu, e outros de menos destaque. O treinador Claudio Ranieri foi mantido no cargo, terminou a Premier League em 2° lugar – melhor posição em 49 anos -, e foi eliminado na semifinal da Champions League pelo Mônaco. No fim da temporada foi demitido por Abramovich.
            Na temporada seguinte, José Mourinho – vencedor de dois títulos nacionais, Copa da UEFA e Liga dos Campeões pelo Porto – chegava para se tornar o treinador mais vitorioso da história do time londrino. Na temporada 2004/2005 chegaram ao Chelsea os craques Arjen Robben, Didier Drogba, Petr Čech e Ricardo Carvalho em quase 166 milhões de libras usados na montagem do time. O investimento rendeu o título da Liga Inglesa e a Taça da Liga Inglesa, mas o sonho de ser campeão europeu acabou na semifinal contra o Liverpool graças ao polêmico gol de Luís Garcia.
            Em 2005/2006 o Chelsea gastou cerca de 45 milhões de libras na contratação de Michael Essien e Shaun Wright-Phillips. A fraca campanha na Liga dos Campeões é compensada com a conquista do bicampeonato inglês.
            Na terceira temporada de Mourinho a frente do Chelsea, as estrelas Michael Ballack e Andriy Shevchenko chegaram para reforçar o bom time de Londres. Os títulos da FA cup e da Carling Cup foram conquistados, mas foi novamente eliminado para o Liverpool na semifinal da Liga dos Campeões. A relação entre Mourinho e Abramovich estava desgastada e o português foi demitido no início da temporada 2007/2008.
            O israelense Avram Grant, substituto de Mourinho, entrou para a história após se tornar o primeiro treinador a levar o Chelsea a uma final de Liga dos Campeões. Alguns dias depois de perder para o Manchester United na final, o israelense foi demitido dando lugar ao brasileiro Luiz Felipe Scolari, que contratou os selecionáveis de Portugal, Deco e Bosingwa, e foi mandado embora depois de apenas oito meses no cargo. A compensação paga ao treinador brasileiro rondou a casa de 13 milhões de libras. O substituto de Felipão foi o holandês Guus Hiddink, vencedor da FA Cup e eliminado na semifinal da Liga dos Campeões pelo Barcelona, saiu dos Blues no final da temporada para dirigir a seleção russa.
            O italiano Carlo Ancelotti foi o comandante do Chelsea nas temporadas 2009/2010 e 2010/2011. Em seu primeiro ano contratou o russo Yuri Zhirkov por 16 milhões de libras, conquistou a Premier League e a FA Cup, mas foi eliminado nas oitavas de final da Champions League pela Internazionale de José Mourinho. Em 2010/2011 foram investidos 73 milhões de libras na contratação de David Luiz e Fernando Torres, porém, a temporada sem títulos selou a demissão do técnico italiano.
            Na temporada atual, Roman Abramovich gastou cerca de 13 milhões de libras para tirar o promissor André Villas-Boas do Porto, mas o jovem treinador em menos de um ano foi demitido.
Com Abramovich o Chelsea ganhou títulos e contratou grandes jogadores, mas para ganhar o tão sonhado título da Champions League talvez seja necessário dar tempo de trabalho a seus treinadores, ou então, chamar o carrancudo e vencedor José Mourinho de volta.          

segunda-feira, 5 de março de 2012

CRIA FAMA E DEITA-TE NA CAMA


“Cria fama e deita-te na cama”, esta frase dita várias vezes por minha querida mãe e que eu não entendia quando criança, ganha cada vez mais sentido quando eu vejo as páginas e programas esportivos.
Na transmissão do PFC do clássico Santos e Corinthians, a impressão que dava é a de que só Neymar e Ganso estavam em campo. A cada toque na bola, por mais improdutivo que fosse, recebiam um elogio. Em determinado lance, Neymar deu um passe de três dedos para Juan, que de primeira aplicou um calcanhar preciso para Arouca dentro da área com chances de finalizar. O passe de Neymar foi repetido e comentado várias vezes na transmissão; a grande jogada de Juan sequer foi citada. Ganso perdeu uma bola no meio de campo e logo depois a recuperou, enquanto o narrador prontamente se admirava: “que categoria!"
            Os elogios excessivos parecem ser ensaiados, o jogador contemplado – com o poder da unanimidade – não precisa fazer muita coisa para receber a rajada de gracejos. Qualquer firula já vale capa de revista. Geralmente os jornais usam tanto espaço para descrever as peripécias de alguns em campo – que quase sempre nem ocorrem –, que se esquecem de tratar do mais importante em um time de futebol: seu aspecto coletivo. Para que os “escolhidos” possam brilhar é necessário uma série de acontecimentos gerados pelos “esquecidos”. 
            A dupla santista tem muito talento. Neymar é habilidoso e velocista; Ganso é inteligente, tem precisão no passe e joga sempre de cabeça erguida. A capacidade dos dois jogadores é inquestionável, com pouca idade já tem grandes responsabilidades na seleção da CBF, são as grandes estrelas do futebol brasileiro, alcançaram a bendita fama.
            Apesar disso termino como comecei. “Cria fama e deita-te na cama”. 

sexta-feira, 2 de março de 2012

SOU TORCEDOR! ESSA É MINHA CONTRIBUIÇÃO


A moda dos clubes brasileiros agora parece ser o crowdfunding, que possibilita a indivíduos ou empresas receberem doações coletivas para financiar seus projetos.
A campanha do Palmeiras para angariar fundos - cerca de 22 milhões de reais, a serem utilizados na contratação do meia Wesley -, infelizmente, saiu do papel. Corinthians e São Paulo cogitaram fazer a “vaquinha” para trazer Cristian e Nilmar, respectivamente, mas não tocaram o projeto.
É engraçado pensar que os dirigentes que afundam o clube, pagam salários acima do que se arrecada a técnicos e jogadores, que costuram acordos tenebrosos com empresários, facilitam a ação dos cambistas, desrespeitam o Estatuto do Torcedor quase que por inteiro e outras várias sacanagens praticadas contra os adeptos da instituição, agora venham pedir doações para fazer uma coisa que é atribuição deles. E o torcedor que sofre na fila pelo caríssimo ingresso, que paga um preço absurdo pela camisa do seu time, sofre com as péssimas acomodações nos estádios com jogos em horários incoerentes (22:00 na quarta-feira), gasta uma quantia exorbitante com pay per view, tudo isso para exercer seu fanatismo da melhor maneira possível, ainda recebe mais esse peso para carregar nas costas.
Por que os dirigentes não fazem enquetes com os torcedores para saber que jogador contratar? Se demite o treinador? Se aprovam os gastos do clube? Que preço cobrar pelos ingressos? Nunca vi uma ação neste sentido.  
Sou torcedor! Essa é minha contribuição.            

quinta-feira, 1 de março de 2012

CARA DE CORINTHIANS


Comumente o elenco do Corinthians apela para o aspecto histórico do Timão ser conhecido pela sua raça e sofrimento. Em várias ocasiões, os atletas invocam o clichê: “vitória com cara de Corinthians”.
Um grupo de amigos de origem humilde que se reúne sob a luz de um lampião para fundar um time que nascia nos braços do povo para se tornar um dos maiores do Brasil, por si só, já daria o enredo de um filme. As conquistas, a democracia, a invasão, o jejum de títulos – e ainda assim, o aumento da torcida –, e outras passagens históricas justificam a devoção dos fiéis adeptos do Corinthianismo.
            As vitórias conquistadas à base do suor e sangue em grandes jogos e campeonatos, jogadores que lutavam como guerreiros em batalha caracterizaram o Corinthians como um time de raça. A angústia por títulos, de quase 23 anos, que acabou com o sofrido gol de Basílio no Campeonato Paulista de 77 explicam a relação do Timão com o sofrimento.
            O atual time do Corinthians é raçudo, luta até o fim, brinda a torcida com o suor do esforço em campo, tem “cara de Corinthians”. No entanto, ganhar do Catanduvense no sufoco em uma partida da primeira fase de um Paulistinha morno, tendo feito uma lambança na defesa, perdendo pênalti, com gol no final do jogo, pode até ser emocionante, mas não tem “cara de Corinthians”. Não se pode banalizar um termo histórico tão especial para o corinthiano, em jogos inexpressivos contra adversários que em sua maioria deveriam ser atropelados sem deixar rastro algum. Jogar cautelosamente, mesmo contra adversários mais fracos, e ganhar com dificuldade porque não se impôs não pode ser considerado com “cara de Corinthians”.
            Tite faz um bom trabalho, tem o time na mão, o elenco está forte, têm bons jogadores, os atletas demonstram empenho, mas o Corinthians tem que atacar mais seus adversários, impor o placar e matar o jogo o quanto antes.
            A vitória é o que importa, porém, envolver o adversário com um futebol ofensivo também tem “cara de Corinthians”.      

MESSI E CRISTIANO RONALDO


Há alguns anos, semana a semana, uma disputa espetacular nos palcos europeus vem enchendo os olhos dos amantes do futebol. Trata-se do embate entre o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo, que exibem seu talento em jogos memóraveis e atuações acima da critica.
Messi, “quase espanhol”, tem 24 anos, nasceu em Rosário na Argentina, foi para o Barcelona ainda adolescente e já conquistou o título de melhor jogador do mundo três vezes (2009, 2010, 2011). Nascido em Funchal, o português Cristiano Ronaldo começou a carreira no Sporting, atuou seis temporadas pelo Manchester United, onde venceu o prêmio de melhor jogador do mundo em 2008, e na temporada 2009/2010 transferiu-se para o Real Madrid na mais cara transação entre clubes por um jogador de futebol.
O rendimento dentro de campo é absurdo, são privilegiados fisicamente, dificílmente desfalcam seus times. Na temporada passada Cristiano Ronaldo e Messi marcaram 53 gols cada, na atual temporada Messi já balançou as redes 43 vezes, e o português 37.
Ronaldo é um jogador completo, é forte e alto, chuta e cabeceia muito bem, tem habilidade, dentre outras características que o transformam num dos atacantes mais letais da história do esporte bretão. Suas arrancadas pela extremidade do campo devem-se ao seu ótimo vigor físico aliado à sua habilidade, o português consegue variar de direção com muita facilidade o que torna a tarefa dos defensores bastante ingrata. A trajetória parabólica que imprime a seus chutes de longa distância, que atingem quase a velocidade de um guepardo - animal terrestre mais rápido do mundo -, fazem com que os goleiros adversários não tenham nem tempo de reação. Tais características fazem de Cristiano Ronaldo um dos atacantes com maior repertório do futebol mundial.    
O argentino, por sua vez, tem como principal característica a condução de bola. Ele imprime grande velocidade em seu deslocamento com a pelota bem próxima a seu pé esquerdo, sem cair ao mínimo toque adversário e sem perder o controle da bola. Apesar da grande facilidade em driblar seus oponentes, Messi é adepto do jogo coletivo, com passes rápidos de primeira e tabelinhas hipnotizantes sempre buscando a meta adversária. É preciso de replay para que os zagueiros consigam ver o gol. O atacante demonstra frieza e categoria ao marcar gols, a precisão de seus arremates é cirurgica, como se colocasse a bola com a mão... Faz parecer fácil a incrível arte de balançar as redes. Não é à toa que Messi é considerado o melhor jogador do mundo na atualidade, suas atuações em grandes jogos falam por si só.
Cristiano Ronaldo faz espetáculo, é um malabarista da bola, seus dribles são quase passos de uma dança inventada por ele mesmo. Messi faz tudo naturalmente, faz a coisa parecer simples, não precisa de holofotes, só precisa de uma bola e um campo para apresentar sua arte.
Não preciso escolher quem é melhor, os dois são representantes do futebol bonito, saem da mesmice, causam expectativa, improvisam, ambos tem vaga no meu time.