quinta-feira, 22 de março de 2012

A CAVADINHA DE LÉO ROCHA

Fotos: Alexandre Loureiro (retiradas do site lancenet.com.br) 
A Copa do Brasil tem a peculiaridade de colocar frente à frente equipes que difícilmente se encontrariam em outras competições. Grandes equipes do futebol brasileiro se deparam com pequenos clubes de lugares fora do eixo dominante do nosso futebol. 
Com esses componentes, as equipes marginalizadas do Brasil passam a ter espaço, ainda que momentâneo, na mídia nacional. A exposição gera receita aos clubes, os patrocinadores de ocasião aparecem e o estádio – em alguns casos – atinge lotação máxima.
Para os atletas, os jogos contra grandes clubes é a chance de aparecer para o Brasil, o destaque nesses jogos pode ser o trampolim para um time de maior expressão e um contrato mais vantajoso.
O sonho de um futuro melhor faz com que os jogadores desconhecidos do grande público, tentem aparecer ao máximo nos seus 15 segundos de fama. Aconselhados por seus empresários ou por vontade própria, os atletas muitas vezes abusam do individualismo e preciosismo nas jogadas e se esquecem do aspecto coletivo do jogo, ou seja, o sucesso da equipe na competição é colocado em segundo plano.
Ontem, no jogo entre Botafogo e Treze-PB na disputa de penâlti, o jogador Léo Rocha na última cobrança do time paraibano – que empataria a disputa e levaria às cobranças alternadas – tentou aparecer mais que o resto do time e, ao pior estilo Loco Abreu, aplicou uma cavadinha ridícula, humilhantemente defendida pelo selecionável goleiro Jéferson.
A cobrança de penâlti com cavadinha remete à despreocupação, irresponsabilidade, desapego, provocação e irreverência, por isso, o sucesso e o fracasso andam abraçados neste tipo de cobrança. Cobrar o penâlti daquela maneira naquela situação me pareceu fora de hora, a cavadinha é uma forma muito arriscada e, naquele momento, o time paraibano não podia correr tanto risco.
            - Mas Loco Abreu até em Copa do Mundo já cobrou com cavadinha!
- É, mas Loco Abreu é Loco Abreu.
            O “Loco” do Abreu é ídolo do Botafogo, tem capacidade inquestionável nesse tipo de cobrança e mesmo assim já foi criticado por perder penâlti batendo com cavadinha (contra o Fluminense no Carioca 2011).     
            Léo Rocha conseguiu o tão sonhado destaque nacional (ainda que de forma negativa), só não sei se conseguirá um contrato com um grande time. Ah! Por falar em contrato, o seu com o Treze, vai ser rescindido.