Fotos: Alexandre Loureiro (retiradas do site lancenet.com.br) |
A
Copa do Brasil tem a peculiaridade de colocar frente à frente equipes que
difícilmente se encontrariam em outras competições. Grandes equipes do futebol
brasileiro se deparam com pequenos clubes de lugares fora do eixo dominante do
nosso futebol.
Com
esses componentes, as equipes marginalizadas do Brasil passam a ter espaço, ainda
que momentâneo, na mídia nacional. A exposição gera receita aos clubes, os
patrocinadores de ocasião aparecem e o estádio – em alguns casos – atinge
lotação máxima.
Para
os atletas, os jogos contra grandes clubes é a chance de aparecer para o
Brasil, o destaque nesses jogos pode ser o trampolim para um time de maior
expressão e um contrato mais vantajoso.
O
sonho de um futuro melhor faz com que os jogadores desconhecidos do grande
público, tentem aparecer ao máximo nos seus 15 segundos de fama. Aconselhados
por seus empresários ou por vontade própria, os atletas muitas vezes abusam do
individualismo e preciosismo nas jogadas e se esquecem do aspecto coletivo do
jogo, ou seja, o sucesso da equipe na competição é colocado em segundo plano.
Ontem,
no jogo entre Botafogo e Treze-PB na disputa de penâlti, o jogador Léo Rocha na
última cobrança do time paraibano – que empataria a disputa e levaria às
cobranças alternadas – tentou aparecer mais que o resto do time e, ao pior
estilo Loco Abreu, aplicou uma cavadinha ridícula, humilhantemente defendida
pelo selecionável goleiro Jéferson.
A
cobrança de penâlti com cavadinha remete à despreocupação, irresponsabilidade,
desapego, provocação e irreverência, por isso, o sucesso e o fracasso andam
abraçados neste tipo de cobrança. Cobrar o penâlti daquela maneira naquela
situação me pareceu fora de hora, a cavadinha é uma forma muito arriscada e,
naquele momento, o time paraibano não podia correr tanto risco.
-
Mas Loco Abreu até em Copa do Mundo já cobrou com cavadinha!
- É,
mas Loco Abreu é Loco Abreu.
O “Loco” do Abreu é ídolo do Botafogo, tem capacidade
inquestionável nesse tipo de cobrança e mesmo assim já foi criticado por perder
penâlti batendo com cavadinha (contra o Fluminense no Carioca 2011).
Léo Rocha conseguiu o tão sonhado destaque
nacional (ainda que de forma negativa), só não sei se conseguirá um contrato
com um grande time. Ah! Por falar em contrato, o seu com o Treze, vai ser
rescindido.