quinta-feira, 8 de março de 2012

BOCA É BOCA


A Bombonera continua a mesma, a atmosfera é especial, a torcida grita o tempo todo, o caldeirão ferve durante 90 minutos sem parar. Ganhar do Boca Juniors em seu estádio é complicado, os grandes esquadrões da equipe argentina reforçados pelos quase 50 mil fanáticos torcedores argentinos fazem da Bombonera um dos ambientes mais hostis da América.
O time que perdeu do Fluminense mostrou a garra histórica, mas o brilho era diferente. O Boca Juniors pareceu ser um time limitado, com poucas opções ofensivas e sem qualidade na troca de passes – tão marcante em outros tempos –, os argentinos ainda se mostraram totalmente dependentes do craque Riquelme. Por falar em Riquelme, esse sim encanta, a visão de jogo e a marra continuam intactas, o controle de bola e a facilidade com que distribui o jogo são características marcantes desse jogador genuinamente Bocanero.
O Fluminense foi muito inteligente e eficiente, nas poucas vezes que chegou ao ataque levou perigo, com poucas finalizações ganhou o jogo. O Boca Juniors mesmo sem a qualidade de outrora, mostrou que dentro da Bombonera “o coco é seco”, a torcida joga junto, empurra o time até o fim do jogo, aplaude seus jogadores mesmo na derrota, o apoio é incondicional.
Só para constar, a última Libertadores conquistada pelo Boca Juniors foi a de 2007. Os argentinos não empolgaram na primeira fase, se classificaram em segundo do grupo, tendo perdido dois jogos. No mata-mata o time cresceu, derrubou um por um até chegar à final contra o Grêmio de Mano Menezes, o placar agregado dos dois jogos da final foi de incontestáveis 5 a 0 para o Boca de Riquelme e Clemente Rodriguez, campeões daquele ano. Na Libertadores 2012, o time soma apenas um ponto em dois jogos, o começo não é animador, mas não se pode subestimar uma equipe hexacampeã do maior torneio interclubes da América.    
Portanto, mesmo achando este time inferior a outros que vi, ainda é o Boca Juniors, e “Boca é Boca”.